Médico calcula o fim das bariátricas em 10 anos

2 de julho de 2025 às 08:29

A chegada de novos medicamentos, como a Mounjaro (tirzepatida), promete não apenas revolucionar a forma como a medicina encara a obesidade, mas também sinaliza um possível fim para a cirurgia bariátrica

Nos últimos anos, o cenário para o tratamento da obesidade tem passado por uma transformação significativa. Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que, somente nos últimos cinco anos, o número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil caiu cerca de 30%. Em Goiás, esse número é ainda mais expressivo, com uma redução de 40% no mesmo período. Essas estatísticas refletem uma mudança no comportamento dos pacientes, que agora buscam alternativas menos invasivas e com menor risco associado.
A chegada de novos medicamentos, como a Mounjaro (tirzepatida), promete não apenas revolucionar a forma como a medicina encara a obesidade, mas também sinaliza um possível fim para a cirurgia bariátrica como a principal solução para o controle do peso. Fernando França, médico especialista em medicina da longevidade e bem-estar, implantes hormonais e emagrecimento, afirma que “se a tendência de liberação de novos medicamentos continuar, é possível que em até 10 anos os diagnósticos para cirurgia bariátrica se tornem raros”.
Estudos recentes indicam que a Mounjaro demonstrou resultados promissores na redução de peso, com pacientes perdendo até 20% do seu peso corporal em apenas algumas semanas de tratamento. A professora tocantinense Lilian Melo, 47 anos, beirava os 100 quilos com 1,75 m de altura. Bem acima do peso, desanimada e sem vontade de fazer nada, procurou o médico para iniciar o tratamento em Goiás, com um método exclusivo criado por ele, que inclui, além de outras terapias, as canetas emagrecedoras, entre elas, agora a Mounjaro, que ainda não estava disponível no início de seu tratamento.
Em seis meses foram quase 20 quilos perdidos e, a bariátrica batia à porta, ficou no passado. “Hoje, sou outra pessoa, faço atividades físicas, jogo vôlei e até a relação com meu marido melhorou˜, comemora.
Doenças
A obesidade é uma das condições de saúde mais desafiadoras do século XXI, aumentando o risco de diversas comorbidades, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão. Em meio a esse cenário alarmante, a Mounjaro atua de forma diferenciada no organismo, estimulando a secreção de insulina e reduzindo a liberação de glucagon, o que resulta em uma diminuição do apetite.
Outro aspecto relevante é a segurança do tratamento. A Mounjaro apresentou um perfil de efeitos colaterais gerenciáveis, os mais comuns são náuseas e desconforto gastrointestinal, que tendem a diminuir com o tempo. No entanto, é fundamental que o uso do medicamento seja acompanhado por um profissional de saúde, que poderá orientar sobre a melhor forma de integrá-lo a um plano de tratamento que inclua mudanças de estilo de vida, como dieta e exercícios físicos.
Obesidade em números
Um levantamento do Ministério da Saúde, de 2022, apontou que a obesidade atingia mais de 6,7 milhões de pessoas no Brasil, naquele ano, sendo que 863.086 pessoas tinham obesidade mórbida (IMC grau III). Outra estimativa mais recente, de março de 2025, de um relatório global, aponta que aproximadamente um a cada três brasileiros (31%) vive com obesidade.
De acordo com o Atlas da Obesidade no Estado de Goiás, lançado em março de 2022, a incidência de obesidade está aumentando em praticamente todas as faixas etárias no estado. A faixa etária com maior aumento de sobrepeso são os adolescentes. Embora o Atlas não forneça um número total de pessoas obesas em Goiás, a prevalência de adolescentes obesos foi de 13,31%, o que representa, em números absolutos, 24.747 adolescentes obesos em território goiano.
A Mounjaro representa uma nova esperança para aqueles que enfrentam a batalha contra a obesidade, proporcionando uma alternativa eficaz e segura que pode melhorar não apenas a aparência física, mas também a saúde geral dos pacientes.
Sobre o médico
Formado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) há 15 anos e concursado na mesma instituição, Fernando França atua com ênfase em saúde da mulher e diagnóstico por imagem (ultrassonografia). Entusiasta na medicina da longevidade e bem-estar, implantes hormonais, emagrecimento, hipertrofia, ele realiza atendimentos em três estados: Maranhão, Goiás e São Paulo. É criador do REVIGORE, método exclusivo que transforma vidas, recuperando a libido, energia e autoestima dos pacientes. Além do seu trabalho clínico, é empresário, palestrante e escritor.

Legenda: Antes e depois da professora Lilian, que perdeu quase 20 quilos e se livrou de uma possível bariátrica

Assessor de imprensa
Rhudy Crysthian
rhudyjornalista@gmail.com
(62) 98167-4579